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Final feliz para assinantes da GVT

14 anos atrás

Sabemos que muitas empresas morrem cedo no Brasil. É a burocracia, é a carga tributária, é uma série de fatores, mas é, também, um resquício negativo da nossa: levar vantagem em tudo. Nos pequenos, isso é meio raro, mas em grandes empresas e corporações, é prática recorrente. Sites como Reclame Aqui estão aí e não me deixam mentir.

Nesse cenário caótico, e tendo um bom capital para investir, não é preciso fazer mágica para criar nome. Basta fazer o que qualquer empresa deve, em tese, fazer: prestar um serviço decente, ter respeito pelo consumidor. Clientes satisfeitos não só se mantêm fiéis à empresa, como também ajudam na divulgação da mesma. Num efeito cascata, ocorre que, no final, todos ficam felizes. Karma, essas paradas aê, sacolé?

No baqueado mercado telecom brasileiro, a GVT mostrou, na prática, como a teoria descrita no parágrafo anterior funciona. Com infraestrutura moderna, planos agressivos e justos, e serviços que, se não são perfeitos, estão anos-luz à frente da concorrência, cresceu rapidamente, e virou sinônimo de excelência em serviços de telefonia e Internet. Quem tem, não troca por nada; quem não tem, provavelmente está nessa situação porque vive num área em que (ainda) não há cobertura da empresa.

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Esse cenário foi ameaçado recentemente. Tamanho crescimento não passou batido pela concorrência, e após a francesa Vivendi manifestar interesse na aquisição da gaúcha GVT, a Telefônica, dona do Speedy e 3º lugar no ranking das empresas mais reclamadas do Reclame Aqui, apresentou ofertas bem agressivas pela empresa: primeiro, R$ 48,00 por ação; depois, a fim de pressionar ainda mais o grupo francês, subiu o valor para R$ 50,50 por ação.

Não deu em nada. Assinantes da GVT, regozijai-vos: hoje a Vivendi comprou 50% do capital da GVT pela bagatela de R$ 56,00 por ação! A negociação ocorreu de forma privada, o que explica a falta de reação por parte da empresa frente às ofertas da Telefônica, e pegou a todos de surpresa.

Esperamos que esse final feliz seja, também, a continudade dos excelentes serviços prestados pela GVT nas áreas em que atua, e que seu alcance aumente mais e mais, sem deixar de lado a excelência. Por enquanto, a Vivendi detém 50% das ações da GVT, mas já requereu às autoridades brasileiras permissão para adquirir toda a empresa.

Mais informações no press release internacional (PDF, em inglês).

Fonte: O Globo.

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